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23 de abr. de 2012

Perspectiva da Safra Orizícola

Afinal, o produtor sofre ou não com a queda da safra do arroz?

Alane Braga
Pâmela Faustino

A perspectiva da safra orizícola 2011/2012, de São Borja, é de que haja uma redução de 15 a 20% da quantidade de arroz em relação a anterior, porque essa conta com recursos advindos do Governo Federal o que garante o preço do mesmo e consequentemente contribui com os investimentos feitos pelos produtores.

Segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros de São Borja (AASB), Magno Bastiani, além dos investimentos de produtores que começaram a investir em armazenagem o que gerou perda de produtos devido ao pouco estoque em vista da supersafra, os fatores que contribuíram para a redução da safra são “a descapitalização do produtor, que investiu menos em tecnologia, os níveis dos reservatórios que estavam muito baixos e fez com que houvesse menos plantações, no decorrer do ciclo a seca se agravou e ocorreram frios fora de época, pegando lavouras em fase produtivas”.

Para o chefe do 8º Núcleo de Assistência Técnica do IRGA, Edson Prado, “o produtor esta sentido que para garantir o preço do arroz, ele tem que ter lugar para armazenar o produto. Muitos produtores já estão construindo sinos para armazenar toda a safra ou boa parte dela, eu acredito que São Borja, já deve ter cerca de 40% de armazenagem própria”.

No entanto, garantir o preço do arroz está além do alcance dos orizicultores. Pensando na atual situação da orizicultura no Rio Grande do Sul, o Governo Federal anunciou a liberação de R$ 737 milhões em recursos, que serão aplicados para apoiar a comercialização do cereal, o que irá garantir o preço mínimo do arroz.

Prado explica a situação da safra atual, “esta safra está dentro do preço mínimo do arroz, de R$ 25,80 que é em torno de R$25 e R$26. Mas, ainda assim, está a baixo do valor de produção, este valor hoje deve estar em torno de R$30“.

Portanto, com a redução da nova safra em comparação a anterior e com os recursos vindos do Governo a tendência, este ano, é que os produtores consigam valorizar o plantio do arroz, obtendo o devido lucro nesta atividade que movimenta grande parte da economia do município.

Ainda de acordo com Bastiani, presidente da AASB, a orizicultura move cerca de 60% da economia de São Borja. Essa cultura teve a sua origem na cidade com a vinda de imigrantes alemães e italianos que estabeleceram suas lavouras no interior.

Confira agora o vídeo que conta mais sobre a história de uma família pioneira na plantação de arroz:








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