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13 de jun. de 2011

São Borja comemora os 146 anos da Resistência contra o Paraguai

O ataque paraguaio aconteceu no dia 10 de junho de 1865, quando tropas com mais de 10 mil homens invadiram o Brasil através da fronteira São Borja/Santo Tomé.

Na ocasião, apenas 287 soldados estavam em forma em São Borja e cerca de mil outros estavam acampados na localidade de Lajeadinho, conhecida atualmente como Capão dos Voluntários. Estes não possuíam treinamento com armas de fogo e haviam chegado do Rio de Janeiro no dia anterior, vindos a pé de Rio Pardo (500 km), e ainda passaram a madrugada do dia 10 velando um de seus companheiros que falecera assim que chegaram ao local. Na manhã de 10 de junho os Voluntários da Pátria receberam a notícia que São Borja tinha sido invadida e, guiados pelo brigadeiro João Manoel, partiram rumo a cidade, alguns em seus cavalos, outros com os próprios pés.

A batalha era desigual e os Voluntários da Pátria sabiam que não poderiam vencê-la. Mesmo assim lutaram para impedir que as tropas paraguaias atacassem as casas da cidade, acarretando um massacre. Os paraguaios conseguiram tomar São Borja, Itaqui e Uruguaiana, mas os Voluntários da Pátria conseguiram salvar muitas vidas.

Cavalgada leva a frente a lança que
pertenceu  a João Manoel
(créditos: Dyuli Soares)
A comemoração da Resistência começou em 2001 quando o Coronel Reinaldo Corrêa organizou uma cavalgada que partia no dia 9 de junho do RC MEC - onde estão enterrados os restos mortais de João Manoel Mena Barreto - até o Capão dos Voluntários. A cavalgada de 17 km terminava com a chegada até o local, onde acontecia um jantar e tertúlia, tudo organizado pelos soldados. No dia 10, todos realizavam novamente o trajeto de 17 km até o quartel.

Durante alguns anos, apenas realizavam uma corrida do Capão dos Voluntários até o RC MEC, para ilustrar o caminho que os soldados fizeram naquele ano.

Acompanhe no vídeo a fala do Coronel Reservista Reinaldo Corrêa sobre a comemoração.


Este ano, além de voltar a fazer a cavalgada, tertúlia e jantar no local em que os jovens soldados estavam acampados no dia da invasão paraguaia, no dia 10 de junho, houve uma palestra no RC MEC, em que o Coronel Vargas Souto falou sobre a Resistência são-borjense. “Temos que ler e cultuar nossa história”, ressaltou assim que finalizou a história dos bravos Voluntários da Pátria.
Cel. Vargas Souto conta a história da
resistência de São Borja (créditos: Dyuli Soares)

Texto e Imagens por Dyuli Soares

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