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1 de dez. de 2012

A importância da linguagem na formação local

Por Mirela Ferreira
A Região da Fronteira Oeste do Rio Grande Sul  foi formada por um vasto número de etnias, da mesma forma que o restante do Estado. Esta mistura de povos, principalmente o contato proporcionado pela proximidade com a Argentina, deram ao local um caráter hispano-brasileiro.
            Para confirmar esta constatação bastam alguns minutos de prosa (como é chamada a conversa informal nestas cidades) com as pessoas no centro de São Borja para se perceberem sotaques formadores da linguagem local.                      
Nesta imagem, o professor Edson Paniagua está vestido com uma camiseta preta, com um notebook na mesa à sua frente, sentado em uma das cadeiras dos corredores da Unipampa. Aparece e mão da repórter estendida em direção ao entrevistado segurando o gravador. O professor está respondendo às perguntas da repórter sobre a formação da linguagem na região. Crédito da foto: Thalita Chagas.
Professor Edson Paniagua
            Este acontecimento pode ser chamado de sociolinguísitica, como explica o professor Marcelo Rocha, da Unipampa/São Borja, especialista na área, afirma: “os estudiosos do tema afirmam que a língua se modifica com o passar do tempo e o contato com outros públicos”.
            Porém, segundo o professor Edson Paniágua, a influência formadora ocorre de forma gradual: “na Universidade temos um mundo próprio, uma linguagem própria, que os estudantes estão formando. No entanto, como a grande maioria dos alunos é originário do Rio Grande do Sul, as modificações no linguajar serão percebidas nos acadêmicos que provem de outras regiões do país, de uma forma tão sucinta, que no dia a dia universitário não será percebida, sendo notada somente por seus familiares, quando houver o retorno para o local de origem, conta o professor, especialista na área de estudos regionais.
            A nova gama de moradores de São Borja, vindos de outras regiões do Estado e do Brasil, convivem ainda com sotaques de um povo característico da cidade: famílias turcas e palestinas (principalmente) que são facilmente reconhecidas na cidade pelo uso de vestuário étnico.
            Em uma cidade do interior do Estado, conviver com as diversas propostas de línguas e sotaques só poderia mesmo ser possível através da integração entre diferentes culturas e, em São Borja, temos esta oportunidade graças a presença de instituições educacionais e a proximidade com países latino-americanos, em especial, a Argentina. Confira no vídeo a seguir, o relato de pessoas que vieram de diferentes localidades para morar em São Borja.


Ouça aqui a descrição do vídeo: 




Com a adoção do Sisu, no Exame Nacional do Ensino Médio - Enem, a cidade de São Borja, bem como os outros municípios do estado que possuem Universidades Federais, os estudantes de diversos Estados brasileiros povoaram a cidade. Com isso, algumas diferenças de sotaque podem ser percebidas em São Borja. Conversamos com esses estudantes e com os professores Édson Paniagua e Rodrigo Maurer, para saber o que cada um presenciou ao ouvir o sotaque gaúcho, ouça no podcast abaixo: 




Para ler a transcrição do podcast, clique aqui


Nesta foto a repórter Daniele Kunzler, vestida com uma blusa rosa, entrevista a paulistana Janine Motta, que veste uma blusa branca. Elas estão no estúdio de rádio da Unipampa posando para a foto, sentadas em frente à mesa que contém os microfones do estúdio. Crédito da Foto: Thalita Chagas.
Janine Motta é de São Paulo e mora há uma ano em São Borja



Neste registro, a repórter Daniele Kunzler está vestida com uma blusa rosa e segura o gravador com a mão direita, entrevistando João Ricardo Ribeiro que é carioca e estuda em São Borja. Ele veste uma blusa também rosa. A entrevista foi realizada no estúdio de rádio da Unipampa e na foto os dois aparecem sentados diante de uma mesa. Enquanto a entrevista é gravada. Crédito da foto: Thalita Chagas.
João Ricardo fala sobre situação engraçada que viveu ao ouvir o sotaque gaúcho

 Para conferir mais fotos, clique aqui/ 

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