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1 de dez. de 2012

Cidade Digital: o que é isso?

Sofia Silva

Segundo o Priberam online, para a palavra cidade há sete significados e um deles é: caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas. Contudo, cidade não é apenas um amontoado de gente no espaço urbano, as relações entre os indivíduos e do indivíduo com a própria urbanidade é relevante para se ver o todo como um organismo, com cada parte cooperando para o todo existir.

São, justamente, dessas relações dos indivíduos com o urbano que surge as Cidades Digitais ou as Cibercidades. AndréLemos, professor coordenador do Grupo de Pesquisa em Cibercidades (GPC/Facom-UFBA) define a Cidade Digital como “cidades da globalização, onde as redes telemáticas fazem parte da vida quotidiana e constituem-se como infra-estrutura básica e hegemônica da época. Redes de cabos, fibras, antenas de celulares, espectro de ondas permitindo uma conexão wi-fi, entre outras.”

Lemos ainda apresenta quatro tipos de experiências relacionando as Tecnologias de Comunicação à ideia de Cidades Digitais, para saber quais são esses quatro tipos de exemplos e suas aplicações, veja o box, abaixo, com as definições:



[Acessibilidade] Clique aqui e leia o conteúdo do box - Cidades Digitais

O Brasil está acompanhando a tendência mundial, para isso, o Governo Federal tem apresentado projetos que viabilizam esse desenvolvimento tecnológico.

São Borja foi uma das cidades contempladas pelo Projeto do Programa de Fomento à Elaboração e à Implantação de Projetos de Inclusão Digital: Infraestrutura para Cidade Digital; pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o qual cabe a cidade uma verba para administrar na implantação dos recursos de uma Cidade Digital. 

Para saber detalhes de como São Borja pretende gerenciar essa verba, acompanhe a reportagem de Roberto Ferreira:

[Acessibilidade] Ouça aqui audiodescrição da videoreportagem Cibercidades. 

Já existem, em São Borja, projetos experimentais que proporcionam aos moradores a possibilidade de interagirem com o espaço urbano. O projeto Ciber São Borja, que será explicado com mais detalhes a seguir, sugere essa interação mediada por Quick Response Code  ou QRCodes, os quais são códigos de barras bidimensionais que podem ser escaneados por câmeras de smartphones e convertidos em texto, endereço URL, entre outros.

Para mais detalhes do projeto Ciber São Borja, ouça o podcast feito com a Greice Meireles, uma das idealizadoras e realizadoras do Ciber São Borja.


[Acessibilidade] Clique aqui para ler o conteúdo do podcast.

Enquanto os projetos experimentais e de fomentação à Cidade Digital não são postos em prática, a cidade testa e já se articula com outros projetos paralelos. Um desses exemplos é a Parada Cultura que foi inaugurada em 26 de outubro de 2012. Nela há livros, televisão, microcomputador com acesso à internet e transmissão de sinal wireless.

Leia a enquete feita pelo repórter Estevan Minini, sobe o que a população tem achado da Parada Cultural:


Daiana Caceres está em frente ao monitor, na Parada Cultural, olhando fixamente para a câmera. Ela tem, aproximadamente, vinte anos, branca com cabelos castanhos escuros e lisos
Daiana Caceres
Foto: Estevan Minini
“Ao meu ver é uma coisa que não precisa. O investimento poderia ir para outro local. Pego ônibus quase sempre aqui para ir no curso. É a primeira vez que uso, por enquanto está funcionando, mas semana passada estava quebrado.”
Daiane Caceres – estudante




Maurisson Dias está em frente ao monitor da Parada Cultural olhando fixamente para a câmera. Ele tem, aproximadamente, vinte anos, cabelos castanhos escuros crespos e está vestindo o uniforme da Rede Vivo, uma camiseta vermelha como marca do supermercado em amarelo.
Maurisson Dia
Foto: Estevan Minini
“É bom para o pessoal ficar entretido. Muitas vezes ficamos mais de meia hora esperando e é um bom passatempo. É um antiestresse para quem fica esperando. Não é só aqui que precisa, em outros locais também.”

Maurisson Dia – empacotador





Evandro Rattes, está sentado no banco da Parada Cultural, olhando fixamente para a câmera. É branco de olhos claros com, aproximadamente, vinte anos e usa um boné e veste uma camiseta pólo presta listrada de branco.
Evandro Rattes
Foto: Estevan Minini
“É boa para quando demora o ônibus. A gente tem entretenimento. Já utilizei um pouco para entrar no ‘face’, de noite enquanto esperava o ônibus. Seria legal se tivesse outras assim, em outros locais.”

Evandro Rattes – estudante 

Natália Lencima, está em frete do monitor da Parada Cultura, olhando fixamente para a câmera. Ela é mulata com aproximadamente, vinte e cinco anos, e está vestindo um blusa do tipo tomara-que-cai branca.
Natalia Lencima
Foto: Estevan Minini
Achei bem legal pois, as vezes, o ônibus demora e podemos nos distrair. Pego ônibus diariamente, mas hoje que estou com o meu esposo, resolvi usar pois deu tempo. Sozinha eu tenho vergonha. Seria bom ter outras, como na frente da Igreja Evangélica que tem bastante movimento”

Natalia Lencima - dona de casa 

Cristina Dornelles está sentada no banco da Parada Cultural. Ela é branca de olhos claros com, aproximadamente, quarenta anos. Tem cabelos castanhos claros que estão presos e veste uma blusa azul marinho.
Cristina Dornelles
Foto: Estevan Minini
“Acho que deveriam colocar em todas então. Lá no Passo não tem. Se é para uns tem que ser para todos. É bom para quem pega ônibus diariamente, fica se entretendo enquanto espera.”

Cristina Dornelles - funcionária pública 


Para ver mais fotos da Parada Cultura, vá até a nossa Galeria de Fotos. 

Outro exemplo, que também já está em prática, é o vídeo monitoramento que tem como suporte físico uma rede de fibra óptica espalhada por São Borja.
Veja o infográfico a seguir e descubra por quais lugares esta rede está instalada:



Por mais, que vejamos como a Cidade Digital tem sido aplicada e planeja, André Lemos salienta que o objetivo de toda essa infra-estrutura é para promover os vínculos sociais, a inclusão digital, a democratização do acesso à informação, aquecer as atividades políticas, culturais e econômicas. E o nosso desafio é criar formas de comunicação e de uso do espaço físico que favoreça o uso das novas tecnologias fortalecendo, assim, a democracia com experiências de cibercidadania.

Ou seja, como a cidade é um organismo de partes físicas e humanas, as cidades digitais surgem da sintonia desse encontro. Os projetos de implantação são alternativas interessantes, contudo a exploração desse potencial disponível não acontecerá, necessariamente, apenas por estar disponível, isso demanda tempo para que os indivíduos amadureçam a proposta e entendam que antes de tecnologia essa é uma mudança é do comportamento social/humano.

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