Era dia 30 de abril, pela tarde. Estávamos no Parque de Exposições da Expo Outono, onde acontecia uma apresentação classificatória do Freio de Ouro Infantil. Carlos Augusto Falcão Filho, de 9 anos, era a única criança apresentando-se na categoria, o que o classifica automaticamente para a próxima etapa do Freio Infantil.
Carlos Augusto Falcão Filho e seu cavalo "Cascalho Chimarão" (Crédito: Nathalia lopes) |
Augusto, como é chamado pela mãe, que assistia a apresentação de perto, anda a cavalo desde os 4 anos e compete em torneios desde os 7. No ano passado, ficou conhecido por ser o competidor mais jovem e foi o vencedor do torneio que pretende ganhar novamente.
Só que, pra ele, não há competição. É como se tudo fosse uma brincadeira. Perguntamos: “o que você vai sentir se ganhar o torneio?”. Ele responde: “se eu ganhar, ganhei. Se não, não”.
Sempre achei que as respostas óbvias dadas pelas crianças são, na verdade, muito profundas. Esse é o verdadeiro espírito da competição esportiva: Se você ganhar, ganhou. Se não, não. Toda essa especulação gerada pelos campeonatos de qualquer esporte é desnecessária, já que o verdadeiro esportista é o que compete porque gosta. A vitória é algo secundário e o título é simbólico. Ainda mais quando o acaso é um dos fatores que entra no jogo.
Com pilchas típicas, montado em seu cavalo chamado “Cascalho Chimarrão”, Augusto fez manobras (eu sei que não se chamam “manobras”, mas você entendeu) que este que vos escreve jamais faria. O guri é bom. Tem futuro. Assista o vídeo e acompanhe um trecho da prova de Augusto.
Não pudemos deixar de fazê-lo aquela velha pergunta que permeia a infância de todos: “o que você quer ser quando crescer?”. A resposta foi óbvia (portanto, profunda): “quero participar do Freio de Ouro Adulto. É que esse é o Freio de Ouro de verdade”.
Texto por Dhouglas Castro
Imagens por Nathalia Lopes e Dhouglas Castro
Foto por Nathalia Lopes Imagens por Nathalia Lopes e Dhouglas Castro
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